terça-feira, 3 de março de 2009

MST, Ministério Público e ouvidor agrário nacional se reúnem nesta terça

http://www.diariodepernambuco.com.br/vidaurbana/nota.asp?materia=20090302210840

02/03/2009 | 21h08 | Ocupações


O ouvidor agrário nacional Gercino Silva, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, estará no Recife nesta terça-feira para participar de uma reunião com membros do Ministério Público e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Segundo o líder do movimento no estado Jaime Amorim, o encontro havia sido marcada antes das quatro mortes de seguranças da fazenda Jabuticaba, em São Joaquim do Monte, no Agreste do estado. Integrantes do MST são os principais suspeitos do crime.

"A gente ia conversar somente sobre o acampamento Bonito, que fica em Condado. A área é ocupada há treze anos e o clima está tenso porque o juiz deu reintegração de posse. Vamos aproveitar o momento para falar também sobre a Fazenda Jaboticaba", disse Amorim.

No mesmo dia do crime, a polícia prendeu em flagrante dois integrantes do MST suspeitos de participarem da chacina. Os agricultores Paulo Alves Cursino, 62 anos, e Aluciano Ferreira dos Santos, 31. Segundo a polícia, ainda há dois suspeitos foragidos.

João Arnaldo da Silva 40, José Wedson da Silva, 26, Rafael Erasmo da Silva, 20, e Wagner Luiz da Silva, 25, foram assassinados por disparos de arma de fogo durante uma nova tentativa de invadir a fazenda, já que no dia 19 os sem-terra tinham sido obrigados pela Justiça a sair do local.Nesta segunda-feira, as armas que seriam dos seguranças foram levadas para perícia no Instituto de Criminalística (IC).

Medição – Na próxima quarta-feira será realizada uma nova medição na área da Fazenda Jaboticaba. A medição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) deve pôr fim à polêmica que trata do tamanho da área. Isso porque o dono do terreno e a liderança do MST discordam quanto ao espaço total.

O superintendente regional do Incra em Pernambuco, Abelardo Siqueira, disse que vai conversar nesta terça-feira com os proprietários da fazenda ocupada pelos sem-terra para obter autorização para a medição. O terreno somente pode ser disponibilizado para reforma agrária caso tenha mais de 800 hectares.

Em julho do ano passado Abelardo Siqueira chegou a assinar um documento encaminhado ao ouvidor agrário nacional atestando a impossibilidade de promover reforma agrária na fazenda porque teria área inferior à prevista em lei. Destacou, inclusive, que parte da fazenda foi doada pelos donos à Igreja Católica, que fez um centro de recuperação de jovens usuários de drogas.


Com informações do DIARIODEPERNAMBUCO


Pode até ser que os assassinos sejam condenados, mas duvido o MST sofrer alguma sansão, até porque o MST inexiste juridicamente...

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