quarta-feira, 8 de abril de 2009

Legoland



Conversava agora com um amigo no MSN sobre esta merda de planeta a situação política em termos geopolíticos. Falávamos de como as idéias sobre os políticos, os partidos, mesmo coisas mais abstratas como direita e esquerda hoje em dia são facilmente trocáveis. Eu dizia que ou algum gênio da ciência social descobriu na nossa mente onde se troca o refil das significações, como se troca o refil daqueles desinfetantes que vivem acabando na latrina, que deixam a água azul, ou pela nova dinâmica das telecomunicações nossos cérebros não conseguem mais processar profundamente, tudo muda tão rápido que não temos tempo de pensar em tudo profundamente. Em outras palavras, não acessamos mais o hard-disk, vivemos de memória RAM. Caso isso não explique como um Lula pode ser eleito e ter bis, ou uma Dilma pode se tornar presidente, minha inteligência acabou aqui e não sei o que ocorre.

Para mim fica mais que claro que a idéia que o Estado é a salvação da humanidade, como se fosse constituído de outra coisa a não ser humanos, é a tônica do mundo. Esta idéia, oposta a que o Estado deve somente cuidar para que não surjam tiranos, nem que as pessoas percam sua liberdade individual, varia, e mutatis mutandis, é embora não pareça, a mesma, sempre. O que torna ridícula Heloisa Helena e o PSOL, torna até cool Barack Obama. Falar em Obama, ele deu um iPod para Rainha Elizabeth, talvez num sentido escondido que, como o aparelho, todos gostem dele. Eu gosto do iPod, mas não gosto desse Lula mais estudado, com mais melanina na pele, menos inchado e com voz melhor.

O que acontece hoje seria engraçado caso não fosse infernal. O discurso político é orientado somente para uma coisa: o Estado deve se meter além da conta ou muito? Para disfarçar esta verdadeira estatolatria, este tal Estado superdesenvolvido se traveste de todo tipo de coisas. ONU. Politicamente Correto. Affirmative Action. É como o mundo todo tivesse montando uma cidade com peças de Lego. Podem ser tão diferentes, né? Azuis, amarelas, vermelhas, brancas, formatos os mais variados. Pneu. Vidro. Asas. Tem até que piscam e fazem barulho. Nem uma criança se engana que é são peças de um Lego. O discurso político hoje é assim, não há nada novo, somente esta discussão sobre o Nanny State. Porém, pelos motivos supracitados ou não sei como, alguma inteligência, talvez aqueles ETs cinzas, conseguiram criar um sistema de controle de massa perfeito. Alguém aqui e ali acha ruim, mas a agenda de tornar o mundo um sonho de um governo só, totalitário, segue a grandes passos, como aquele lord da garrafa do Johnnie Walker.

Tudo devidamente tornado diferente, para o cidadão acreditar que realmente há debate, e que há pontos de vista realimente diferentes.

Alguns, não sei se por obra de Deus ou por acaso, ficam frustradíssimos ao não verem ninguém nos grandes círculos do poder gritar pela liberdade individual, algo que como meu amigo do MSN falou, virará ala de museu, nesta grande China que o mundo está se tornando.

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