domingo, 24 de maio de 2009

Outro produto, mesmo público...


Creio que estou começando a compreender a origem de certas crenças políticas. Tem algo relacionado ao prazer. O prazer de pensar o mundo através daquela determinada ótica. É algo como o o vício do cigarro.

Hoje em dia, depois de anos de maciça doutrinação governamental, mesmo os mais ignorantes sabem dos maleficios do tabagismo. Sabe-se que fumar não é algo saudável. Porém, antigamente, as companhias de cigarro diziam que fumar não era nocivo, ao contrário, bebês, atletas e até médicos alardeavam benefícios deste hábito. Inacreditável!

Estamos falando de quantos anos? Quinhentos anos? Mil anos? Não. Sessenta, setenta anos atrás. A farsa não durou nem um século, e hoje em dia temos em todos os meios de comunicação em massa notícias do combate ao fumo em todas as nações.

O fumo causa efeitos negativos muito visívei. Dentes manchados. Tosse. Catarro preto. Falta de ar. Câncer de pulmão. Amputação de membros. Horror.

Incrivelmente, milhões de pessoas esclarecidas ainda fumam. A mentira foi banida, a imagem ficou. O cowboy que fumava Marlboro tomou o lugar do sorridente nenê mandando sua mãe acender um cigarro. O médico de dentes tão brancos deu lugar ao simpático dromedário da Camel.

Em muitos países, entretanto, a propaganda do fumo foi proibida, ou severamente restringida. Porém, a indústria do cigarro continua vendedo seu peixe, e consumidores jovens ainda associam o cigarro a ser descolado, adulto, moderno, e ter algo a mais pelo simples fato de aspirar o fumo dos canudinhos. Bizarro, não?

Como podem ver, algumas idéias permanecem nas mentes, apesar de fazerem mal, muito mal. Há um preço a se pagar pelo vício do fumo, e a propaganda do cigarro nunca mostrou este grave ponto. O glamour associado ainda supera o perigo, e, fuma-se, e muito. Infelizmente.

Com as idéias políticas, há um efeito parecido com o cigarro. Décadas de propagação maciça, sem a devida contrapartida, tornaram possível que todo tipo de bizarrice passasse por algo valioso. E uma em especial, não posso deixar de comparar ao cigarro, tanto pela natureza nociva quanto pelo grau de mentira.

Sim, o socialismo/comunismo. A idéia que há injustiça econômica, e o Estado bonzinho tem de balancear este problema. Seguindo esta idéia ao pé da letra, surge o totalitarismo. A propaganda diz que devemos aspirar fumaça, ao invés de ar puro.

Hitler então é como a Philip Morris, fabricante do Marlboro, e Stálin como R. J. Reynolds, da Camel. Inacreditavelmente, por obra de propaganda, hoje em dia temos a idéia que Hitler era totalmente diferente de Stálin, embora sejam tão diferentes quanto as indústrias do tabaco.

Como isso é possível? Propaganda. Propaganda. Propaganda. Maciça.

Centenas de milhões de pessoas mundo afora morreram de problemas diretamente associados ao fumo, ou tiveram problemas de saúde relacionados ao vício. Numa trágica ironia, talvez maior foi o número de pessoas mortas pelos regimes socialistas/comunistas, ou tiveram suas vidas tragicamente influenciadas por tais regimes.

Agora há uma diferença notária e gritante entre o tabaco e o socialismo/comunismo. Embora causem muito mais mal que todo o fumo do mundo, ao contrário deste, não tiveram a propaganda maciça contrária a este conjunto de crenças. Analogamente ao cigarro que ainda atinge os jovens, ainda associam o socialismo/comunismo a ser descolado, adulto, moderno, e ter algo a mais pelo simples fato de achar Che Guevara um cara até legal.

Fora que a sedução da idéia socialista é muito mais forte que a nicotina, para certas mentes. O mesmo sentimento de prazer ao sacar da carteira de cigarros e dar uma baforada, o viciado em socialismo tem ao ver Fidel discursar.

Como o cigarro, o socialista/comunista tem várias caras: tem o intelectual, o alternativo, o militante. Todos tão diferentes no rótulo e tão iguais na essência quanto uma carteira de Hollywood, uma de L&M e uma de Gudan Garan.

Vejo os ícones do socialismo mais, Fidel Castro, a URSS, Che Guevara, China, e muitos outros, ainda envoltos em glamour saudosista.

Não posso esgotar todas as mentiras dos propagadores deste sistema incomparavelmente mais mortífero que a indústria do cigarro. A complexidade desta ideologia, desta seita, desta masturbação mental e todas as causas e efeitos é um trabalho muito superior à minha força intelectual. Só observo o mundo caminhando para restrições crescentes à liberdade individual, à propriedade privada, à turrice e escárnio.

Porém, até para não cogitar seriamente o suicídio, tenho de ter pensamento positivo. Como o cigarro, este mal político um dia vai ser visto do modo como realmente é. Ao contrário do cigarro que teve como inimigo instituições de saúde a verem in loco os efeitos devastadores, o socialismo/comunismo é algo muito mais disfarçável através de propaganda, e seus males podem ser atribuídos ao seu remédio, o capitalismo.

Não? A crise mundial foi causada por regulamentações governamentais, como a Community Reinvestment Act, de 1977, que forçaram as instituições de crédito emprestarem a quem não provou que podia pagar. E a culpa foi da liberdade econômica.

O socialismo/comunismo é como um caleidoscópio, e nós precisamos treinar as mentes para identificar as cores que se formam, na intrincada formação. Só assim podemos ter uma chance de nos livrarmos de vez deste mal maior, que uma vez compreendido mesmo sem graned compexidade, faz do fumo tão inocente quanto cigarros de chocolate.

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