quinta-feira, 30 de julho de 2009

Gol


Ex-jogadores americanos da copa de 1950 no Hall of Fame do futebol de lá.


Há no mundo uma implicância contra os EUA, afinal são anos de propaganda maciça contra seus costumes, crenças e valores. Sempre taxados como prepotentes, capitalistas selvagens, sendo os vilões do mundo. Qualquer ditadorzinho de merda líder de nação subdesenvolvida culpa o imperialismo americano pela totalidade de problemas nos países análogos ao seu, e não por incompetência interna. Como fosse possível um país que valorize a educação, entuito de esforço e excelência, com gente esforçada e trabalhadora, não estar fatalmente condenado ao sucesso, como mostram Coréia do Sul e Japão, que dia desses estavam em escombros e deram um salto tecnológico e social anos luz à frente do Brasil, por exemplo.

Terem salvado o mundo nas duas guerras contra os nazistas, e terem sido os bastiões da liberdade contra os soviéticos, são fatos habilmente esquecidos. Por uma engenharia histórica espetacular, os que pregavam a liberdade hoje são tidos como totalitaristas, e Bush comparado a Hitler, enquanto um sanguinário como Saddam Hussein tido como pobrezinho presidente morto pelo menosprezador Uncle Sam.

Entre essas loucas interpretações da história, há certos aspectos da cultura americana que são realmente de tirar o chapéu, vistos sob qualquer ângulo. Um destes é a capacidade de reconhecer e louvar os feitos heróicos de seus cidadãos. Estava eu gripado na cama ontem quando começou um filme sobre futebol. Eu gosto do desporto, e com curiosidade esperei o desenrolar da trama. Tratava-se do filme The Game of Their Lives, de David Anspaugh, baseado no romance homônimo de Geoffrey Douglas. Um breve resumo descreveria o filme -- até bem feito pelo orçamento que não deve ter sido grande coisa -- como sendo o relato da heróica vitória da novata seleção americana de futebol em cima da toda poderosa Inglaterra por 1x0, na fatídica Fifa World Cup de 1950, onde o escrete canarinho perdeu na final por 2x0, em pleno Maracanã.

Quem ama o esporte não tem como não se emocionar com a aventura dos rapazes americanos. Totalmente inferiores, com um time meio mambeme, utilizando de toda garra e fibra possível, contra todos os prognósticos, num gol de cabeça de um haitiano conseguem destronar os fleumáticos ingleses, inventores do jogo, cheios de sentimento de superioridade. totalmente favoritos. Deve-se salientar que a relação entra as duas nações é meio como a nossa com Portugal, eles são os colonizadores, detêm a tradição, enfim, havia aquela forçada de barra para os ingleses terem uma posição mais ou menos como "irmãos mais velhos", ou "professores".

Em relação ao nosso Brasil, quando fazemos um filme sobre futebol, os protagonistas são os mais sem graça humoristas que provavelmente já existiram, o grupo Casseta & Planeta, num filme no padrão brasileiro de esculhambação, o horrível a Taça do Mundo é Nossa.

Enquanto um povo inspira-se nas conquistas do passado, usando como fator motivicional o pregresso sucesso dos compatriotas para vencerem situações igulamente contrárias e difícies, nosso país orgulha-se do nada. Ainda por cima há no meio jornalístico quem caçoe dos brasileiros que choram quando chegam ao pódio. As lágrimas afloram pela emoção de serem os próprios heróis, nesta terra onde valoriza-se a esperteza baixa, o jeitinho, a corrupção, o favorecimento dos 'nossos' em detrimento de todos nós. Um americano vai receber a medalha de ouro com um sorriso no rosto, pois sabe que não é um personagem quixotesco, e sim mais um de seu país a voltar para casa com uma medalha no peito.

Um comentário:

  1. E por falar em como promover ou denegrir a história de um povo, o que dizer do filme "Carlota Joaquina, Princesa do Brazil" dirigido pela atriz pornô Carla Camurati, onde o desprezível elenco representa a pior das caricaturas dos personagens históricos do Brasil?

    É um fato verídico de que no Brasil as pessoas desprezam seus heróis, ridicularizando seus fundadores, colonizadores e demais personagens famosos ou anônimos que conquistaram, dominaram e construíram um país de dimensões continentais, mas ainda sim unido em idioma, cultura, religião...

    Como se isso não fosse um fato de incríveis dificuldades onde apenas homens providos de grande conhecimento e competência bélica, geopolítica, diplomática, científica, econômica, antropológica, dotados de muita liderança e patriotismo poderiam realizar tal feito diante de potências imperialistas da época, em um mundo que diferente dos dias atuais, não havia tantas ordens e acordos internacionais para assegurar os direitos de nações menos capazes intelectualmente e financeiramente.

    Eu gostaria de poder mostrar a todos esses “artistas” e “intelectuais”, que sob um falso e sem graça senso de humor despromovem o Brasil e sua brilhante história, como são medíocres e preconceituosas as suas opiniões sobre a gloriosa nação a qual eu faço parte.

    ResponderExcluir